quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

céu e Flor


HOJE, inquieto, sentei-me no carro a contemplar o jardim.
Ouvi várias vezes a mesma música até o céu azul, ficar escuro.
Como é imenso o Céu! Impetuoso!
Como é banal a flor de Inverno! Singela!
Pensei, quantas fadas te habitam ó Céu?!
Quantos pés pisaram o húmus até ser plantada a tua raiz, ó flor?!
Quantos ciclos de vida assististe ó Céu, na tua solidão? Quantas almas lavaste?
E tu flor, quantos corpos cobriste?
Vi-vos sós!
Tão sós como o meu lamento!
O grito abadafo converteu-se em lágrimas que bailaram no meu rosto, às quais Céu e Flor assistiram serenos e indiferentes.
É justo!
Não há guitarra que toque sem corda!
Sinto-m só! Não sózinho,porque sozinho nunca estou. Tenho as minhas estrelas, os que estão cá e os que estão comigo eternamente, na minha alma e coração.
Sinto-me só, de uma rotina sem furor, de uma emoção de uma expectativa idilica que tarda, do soletrar ao ouvido o verbo amar.
Mesmo assim, contemplo a ausência porque sei que um dia chegará o meu momento.
Mas não estou sózinho, vislumbro o Céu, alcanço a flor. Nos nossos sós, na nossa indiferença fazemos um todo!!!!

Tiago 19/01/10

Sem comentários:

Enviar um comentário